A igreja ainda perpetua a culpa e o pecado.
O medo dos olhos de Deus absolutamente não é mais meu e posso sentir a raíz da liberdade florescer pelos cantos sagrados da alma.
Dança em rodopios o nó que desata as trevas da existência.
Foi embora a sombra da instituição que forjou as fogueiras da ignorância.
Como viver sem esse peso e pousar leve nos passos que agora decido por mim mesma ? Porque sem os olhos de Deus, quais serão os meus reais valores ?
O vulto da capela saltou o abismo e voou pelas vastas fendas do gozo.
Penso que atingir a liberdade diante de um Deus castrador é o mesmo que amar toda a humanidade. Abandonar a ideia de um Senhor Todo Poderoso é expulsar os padrões culturais dogmáticos que governam uma sociedade doente.
A base das guerras é religiosa.
O sintoma religioso que faz o sinal da cruz não é nada espiritual. É cruel e impotente.
Absolvida da escravidão psicológica da santa igreja, livrei-me da corrente, e nenhum preconceito é capaz de atingir o espírito que captura soltura real.
Os julgamentos ficaram tão insignificantes que posso me sentir tão humana quanto divina.