Bruxas praticam reverência aos ancestrais.
Sabem interagir com o campo dos relacionamentos honrando os que aqui já estiveram.
Curvam-se diante dos mistérios. Submetem-se às leis ocultas e seguem a ordem invisível do fluxo do amor.
Bruxas estão em sintonia com sua linhagem de pertencimento fundamentada nos elementos.
Na linhagem da Terra, os ancestrais dos ossos são aqueles que habitavam a terra que hoje habitamos. Reverenciá-los confere proteção à casa, à cidade e ao espaço que desfrutamos.
Na linhagem da Água, os ancestrais de sangue são os antepassados familiares. Pai, mãe, avós e a longa linha que precede quem somos. Reverenciá-los traz a cura das feridas de infância, desbloqueia padrões sistêmicos e estabelece vínculo de segurança com o mundo.
Na linhagem do Fogo, os ancestrais das escolhas são aqueles que cuidaram de nós quando nossos pais não puderam estar presentes. Amigos, professores, tios e vizinhos que nos ensinaram modelos e nos transferiram amor. Reverenciá-los amplia nosso círculo de relações, dando lugar ao cuidado generoso entre o eu e o outro.
Na linhagem do Ar, os ancestrais da voz são aqueles cujas histórias inspiram de bravura nossas vidas. Orientam com seus exemplos nossos passos. Sua voz ecoa em nós rereverenciá-los é um grito que convoca criatividade e ousadia.
Na linhagem do Espírito, os ancestrais da magia. Anjos, guardiões e guias. Aqueles que deram início a qualquer tradição filosófica que apreciamos ou seguimos. Uma reverência a eles mostra intenção de fortalecimento espiritual e proteção psíquica.
Atravesso pontes e cruzo mundos quando minha bruxa me toma pela mão.
Lá é onde, aqui é ontem, será agora. Foi é tempo que não existe.
A bruxa sabe. E honra.